O desaparecimento de idosos é mais comum do que se imagina. A 4ª Delegacia de Investigação de Pessoas Desaparecidas registra uma média de aproximadamente 80 desaparecimentos mensais de pessoas com idade acima de 65 anos.

O principal motivo é a desorientação decorrente de doenças como o Alzheimer – doença neurodegenerativa que acomete as capacidades cognitiva do paciente – ou lapsos de memória característicos da idade avançada.

Assim, se os familiares notarem que a pessoa vem apresentando esquecimentos frequentes ou dificuldade de memória, como esquecimento de nomes, lugares ou situações é preciso evitar deixá-la sair desacompanhada.

Muitas vezes a pessoa não admite que está perdendo a capacidade cognitiva e se incomoda com os cuidados dos familiares. Ela cita o exemplo de uma senhora que, apesar da idade avançada, ainda dirigia o seu automóvel.

Os familiares insistiam para que ela deixasse de dirigir o automóvel. Um dia ela saiu com o veículo e demorou para regressar. Os parentes registraram o seu desaparecimento na delegacia e ela foi encontrada 24 horas depois com o carro estacionado em umas das rodovias marginais da cidade, que são as mais movimentadas de São Paulo.  Ela apresentava um quadro de bastante de desorientação, sem saber quem era e o que havia lhe acontecido.

Em casos de lapsos de memória é comum os idosos serem encaminhados aos hospitais, que comunicam a delegacia do desaparecimento. Foi o que aconteceu nessa ocasião. De lá, uma assistente social entrou em contato para comunicar que a mulher havia sido encontrada.

Assim como as crianças pequenas, é preciso tomar cuidado com os mais velhos em locais de grande movimentação, como shoppings centers, hipermercados e outros estabelecimentos de maior porte.

Uma situação bastante comum, mais relacionada a problemas que envolvem a integridade física das pessoas mais velhas, ocorre com idosos que costumam ir sozinhos aos bancos para receber benefícios de pensão e aposentadoria. É o perfil mais visado pelos criminosos para assaltos ou sequestros relâmpagos.

Veja a seguir alguns conselhos muito úteis:

  • Fique atento ao comportamento da pessoa idosa. Evite deixá-la sair sozinha se ela apresentar sintomas de esquecimento e perda de memória.
  • Insista para que ela leve consigo sempre um documento e que conste da carteira um papel com o nome completo da pessoa e o número de telefone para contato. Por problemas de segurança, não é aconselhável constar o endereço.
  • Lembre-se que a pessoa pode perder ou ter a carteira furtada. Nesse caso, pense em mandar fazer uma pulseira com o nome da pessoa e telefone para contato.
  • Cuidado quando for utilizar o transporte público, principalmente o metrô, em razão das portas automáticas, que podem fechar antes de o idoso entrar na composição.
  • Redobre a atenção em ruas ou locais de grande aglomeração de pessoas.