Quando falamos em datas comemorativas, pensamos sempre em celebrar algo. Mas e quando a data em questão diz respeito a uma doença – que em nada merece ser comemorada? Bem, pode não ser a forma mais apropriada dizer que estamos comemorando, mas certamente é importante reforçar a conscientização a respeito da doença, principalmente em relação ao seu tratamento e as dificuldades enfrentadas pelos pacientes.

No caso específico, 11 de abril marca o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, uma enfermidade descoberta há 201 anos e que já é considerada a segunda doença neurodegenerativa progressiva mais frequente no mundo, perdendo apenas para o Alzheimer.

A doença degenerativa, crônica e progressiva afeta funções primordiais do corpo, como os movimentos e equilíbrio, e causa lentidão na mobilidade, tremores, diminuição dos reflexos, além de efeitos como depressão, alteração do sono entre outros. Isso acontece a doença vai alterando e corrompendo o sistema nervoso central, fazendo com que a transmissão de mensagens entre as células nervosas seja comprometida.

Carlos Patto está hoje com 71 anos e há 28 anos convive com a doença, o que segundo ele “é considerado um fenômeno para muitos médicos”. A doença de Parkinson vai se revelando aos poucos durante os anos. Então, os primeiros sinais e sintomas muitas vezes passam despercebidos ao doente e as pessoas com quem convive. “Foi o que aconteceu comigo”, explica Patto. “Eu era aviador, e durante um curso de aprimoramento, reparei que minha mão parecia em câmera lenta, a escrita foi ficando devagar a ponto de eu não conseguir fazer as anotações de instruções de voo em tempo real”. Depois de uma consulta ao neurologista veio o diagnóstico da doença.

Após um período em que houve a negação, revolta e depressão, o coronel Patto resolveu não se deixar vencer pela doença e começou a construir sua fase de aceitação, que levou à superação.

Incentivado por um médico e apoiado pela esposa Laura, em 2005 ele criou a Associação Parkinson DF com o objetivo de ajudar e dar apoio a outros doentes, seus cuidadores e familiares. “A maior virtude que as pessoas que convivem com um doente de Parkinson pode ter é muita paciência, por que é muito difícil. Eu tenho muita noção disso. Mas nós precisamos desse apoio”, finalizou.

 

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