21 de junho é o Dia Mundial de Controle da Asma, doença inflamatória crônica das vias aéreas. A principal característica da asma é a dificuldade de respirar quando a pessoa é exposta a agentes alergênicos. De acordo com a pesquisa Nacional de Saúde (Ministério da Saúde/IBGE), 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos têm a doença.

A asma é resultado da integração entre alterações genéticas e fatores ambientais e biológicos. Sua base genética fica evidente quando é focado o traço familiar. “Quando se faz o diagnóstico de asma, frequentemente se encontram outros asmáticos entre os pais, avós, tios e irmãos. Estudos demonstram que diversos genes estão envolvidos na patogenia da doença”, explicou Hisbello Campos, pneumologista do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

O traço genético da asma é o responsável pela impossibilidade de “cura”, exatamente como na hipertensão arterial, diabetes e outras doenças geneticamente determinadas. No entanto, frequentemente, quando a asma é leve na infância, em 50% dos casos ela desaparece na puberdade. “Isso independe de ter ou não sido tratada adequadamente e, provavelmente, está relacionada às alterações hormonais que acontecem nessa idade. Em parte dessas pessoas nas quais os sintomas da asma desapareceram, eles ressurgem na idade adulta”, esclareceu Hisbello Campos.

Segundo a pesquisa, as mulheres são as mais acometidas pela asma: 3,9 milhões delas afirmaram ter diagnóstico da enfermidade contra 2,4 milhões de homens. Ou seja, prevalência de 39% a mais entre o sexo feminino.