Quem foi que disse que o videogame é exclusivo das crianças? Foi-se o tempo em que apenas os pequenos e os adolescentes que eram adaptados aos jogos eletrônicos. Na sociedade moderna, muitos vovôs antenados com o mundo da tecnologia têm trocado os jogos de tabuleiros e de cartas pelo mundo dos games por causa da diversão e dos benefícios que traz para a saúde.

Parece estranha a afirmação, mas o fato é que ao jogar videogame a memória recebe estímulos que contribuem para um aumento da concentração. Outro benefício é a melhora na capacidade motora e na capacidade cognitiva para entender, assimilar e relacionar-se com o mundo ao redor. Esta descoberta foi obtida por cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Para isto, eles desenvolveram um jogo de corrida denominado “NeuroRacer” e realizaram testes com um grupo de idosos de faixa etária entre 60 e 85 anos.

Durante o período de um mês o grupo precisou dedicar uma hora por dia, três vezes na semana, para a prática do jogo eletrônico. Ao término da pesquisa, os cientistas descobriram que com o estímulo da atividade cerebral através da prática, os idosos obtiveram uma melhora na qualidade de vida e, por consequência, aumentaram o desempenho para realizar várias funções simultaneamente com a mesma habilidade de um jovem de 20 anos.

Mais um benefício adquirido pelos idosos que jogam com regularidade é o aumento do equilíbrio. Não são poucos os casos de idosos internados anualmente por conta de fraturas causadas por quedas oriundas da falta de estabilização nas pernas. Aliás, uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia aponta que a queda constitui a principal causa de acidentes em pessoas com mais de 60 anos.