A assistência neonatal avançou muito nas últimas décadas, com a introdução de recursos terapêuticos e tecnológicos mais eficazes e recursos humanos especializados. O cuidado nessa área sofreu modificações ao longo do tempo, sob influências políticas, econômicas, culturais e sociais, refletindo-se no Brasil, principalmente, com a importação de respiradores e incubadoras nos anos de 1960.1 Essa importação intensificou-se na década de 50, foi difundida pelos hospitais na década de 60 e teve seu destaque na atenção à criança, na década de 70.

O desenvolvimento tecnológico tem contribuído para evitar a morte de crianças com doenças crônico/incapacitantes porque, sem esses recursos, elas não se manteriam vivas. Isso ocasionou o surgimento de um grupo de crianças dependentes de tecnologia e/ou cuidados de saúde, denominadas, a partir de 1995, na literatura internacional, pelo Maternal and Health Children Bureau, como Children With Special Health Care Needs (CSHCN), e no Brasil, a partir de 1999, como Crianças com Necessidades Especiais de Saúde (CRIANES).

 A necessidade do cuidado domiciliar às CRIANES – o cuidado familial Após a alta hospitalar da CRIANES, os familiares enfrentam a realidade de cuidar de uma criança especial, que porta algum tipo de dispositivo no seu corpo ou que precisa de medicamentos para sobreviver. As CRIANES exigem padrões de cuidados complexos, assim, o cuidado prestado às CRIANES pelos profissionais e familiares se difere do cuidado apreendido pelo senso comum. Este cuidado precisa ser desenvolvido no domicílio, embora neste ambiente não existam as mesmas tecnologias disponíveis no hospital.

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