Outra questão importante para a segurança do paciente é em relação aos medicamentos. O uso, os procedimentos envolvidos na sua administração e as respostas orgânicas decorrentes do tratamento envolvem riscos potenciais capazes de provocar danos ao usuário. Portanto, é fundamental que tanto os profissionais quanto os usuários e cuidadores compartilhem responsabilidades relacionadas a
essa questão.

Nesse sentido, alguns cuidados precisam ser tomados. Estes podem ser traduzidos por meio dos “nove certos” para a administração de medicamentos, descritos a seguir:
1. Usuário certo: certificar-se de que o medicamento será administrado ao usuário para quem é prescrito.                                                    2. Medicamento certo: certificar-se de que o medicamento a ser administrado é o correto. Se houver dúvida em relação ao nome ou achar que é um medicamento errado, não se deverá administrá-lo antes de verificar com o médico prescritor.
3. Via certa: certificar-se de que a via de administração atende às especificidades do usuário e do medicamento em questão.
4. Hora certa: garantir que a medicação será administrada no tempo correto para garantir os níveis séricos terapêuticos desejados.
5. Dose certa: certificar-se de que a dose a ser administrada confere com a dose prescrita.
6. Registro certo: registrar todas as ocorrências relacionadas aos medicamentos, tais como horários de administração, adiamentos, cancelamentos, desabastecimento, recusa do paciente e eventos adversos.
7. Orientação certa: orientar sobre motivos do uso, efeitos esperados, forma de uso adequado, os cuidados e os possíveis problemas relacionados ao medicamento, como, por exemplo, interação com outro(s) medicamento(s).
8. Compatibilidade medicamentosa: assegurar que os medicamentos a serem administrados podem ser misturados, sem que precipitem ou formem pequenos cristais ou partículas na solução.
9. Direito a recusar o medicamento: o usuário tem o direito de recusar-se a receber o tratamento.